Quando se pensa em discípulo, na maioria das vezes, pensamos em alguém que, com menos experiência e menos sabedoria, vive ao lado de alguém experiente e sábio, para aprender todos os ensinamentos e se tornar sábio. E vemos essa prática em todas as áreas de conhecimento. 

Na época de Jesus não era diferente. Quando Jesus começa seu ministério, ou seja, começa a ensinar às pessoas, viajando de cidade em cidade, mostrando ser de fato o Cristo esperado e Filho de Deus, Ele escolhe 12 pessoas para estarem próximas e serem seus discípulos, recebendo de perto e a todo momento seus ensinamentos. 

Com o passar do tempo, com os ensinamentos e milagres que Jesus ia dando por onde passava, cada vez mais pessoas se juntavam e iam atrás de Dele para querer aprender, receber os milagres ou mesmo apenas para ver com os próprios olhos o que as pessoas falavam, como podemos ver em Lucas 14:25: “Grandes multidões acompanhavam Jesus, e ele, voltando-se, lhes disse…”.

Aproveitando a quantidade de pessoas que estavam próximas, Jesus começa a falar quais condições uma pessoa precisa ter para se tornar seu discípulo. Entre aquelas que Ele diz - que é possível ler em Lucas 14:25-33 - vamos observar uma: “E quem não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo”. Mas, afinal, qual seria o sentido de “tomar minha cruz e segui-lo?

O sentido da cruz que temos hoje não era o mesmo de quando Jesus disse essa frase. Atualmente, cruz se remete à morte, e quase todo mundo a remete à morte de Cristo - uma morte que foi por nós, pelos nossos pecados, onde Jesus levou sobre si tudo o que era nosso por direito (dor, sofrimento, humilhação e a própria morte) - mas não foi apenas isso, pois Ele morreu, mas ressuscitou, vencendo toda a batalha e nos permitindo fazer parte dessa vitória, sendo vencedores junto com Ele!  Mas, então, qual era o sentido da cruz naqueles tempos em que Jesus vivia?

A cruz representava não apenas morte, mas uma das piores mortes daquele tempo. Significava tortura, humilhação, vergonha, uma condenação pública e extremamente dolorosa que ninguém nem sequer pensaria na possibilidade de acontecer consigo ou com um ente querido. Com toda essa representatividade da cruz naqueles tempos, o que Jesus fala para essa grande multidão? “Quer ser meu discípulo? Tome a sua própria cruz!” 

Jesus - que algum tempo depois, demonstraria com sua própria vida aquilo que estava se referindo - não se refere ao literal, pois Ele cumpriu toda condenação que merecíamos, e nos deu a liberdade de escolher entre a vida e a morte. Mas se refere que há um preço a ser pago para ser discípulo Dele. E esse preço se compara à morte de cruz. Pois todo nosso “eu”, ou seja, nosso orgulho, nossas ideologias, nossos prazeres e vontades, tudo isso terá que ser morto, terá que ser levado à cruz, para conseguirmos ser discípulos. E isso não é fácil. Jesus com toda Sua sabedoria, simplicidade e verdade, faz a comparação exata desse preço a ser pago. Compara essa entrega e mortificação do “eu” com uma das piores mortes, a cruz. 

Nos versículos 29 ao 32 do capítulo 14 de Lucas, Jesus, por parábolas, confirma o que diz. O resumo dessas parábolas é o “cálculo desse preço”. Um construtor calcula antecipadamente os custos e tudo o que irá na construção antes de sair colocando tijolo em cima de tijolo. Um rei, perante uma iminente guerra, avalia as suas forças militares antes de sair marchando e querendo vencer o inimigo. Como visto antes, uma multidão seguia Jesus por onde ia, e muitos iam apenas pelos milagres, pelo pão, pela cura, e Jesus aproveita isso, para mostrar que Ele não quer discípulos assim. 

Um discípulo de Jesus precisa entender que há uma entrega total de sua vida a Deus. Esse é o cálculo a ser feito. Olhar para dentro de si, ver as coisas que são mais importantes para você (família, carreira profissional, às vezes até o dinheiro, como um bem-estar de vida, seus bens, seus sonhos, suas vontades), e entender que Cristo precisa ser maior que tudo isso! E que tomar a minha cruz, significa pegar todas essas coisas importantes e abrir mão delas. Muitas vezes, isso vai te custar humilhação, pessoas ao seu lado te falando que isso é loucura, que você enlouqueceu, zombando por você abdicar de ir a festas, por você estar discordando do pensamento da maioria. Mas Cristo diz: “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos céus.” Mateus 5:10.

Há um preço a ser pago para ser um discípulo de Jesus. “Assim, pois, qualquer um de vocês que não renuncia a tudo o que tem não pode ser meu discípulo.” Lucas 14:33. Porém, tudo isso é passageiro. Pois quando nos tornamos discípulos de Cristo, além de sermos abençoados (e não confunda benção com vida fácil), no fim dos tempos, quando Cristo vier buscar seus discípulos para levá-los às moradas que preparou no céu, estaremos com Ele por toda eternidade, e não há objeto algum aqui nessa terra ou valores e status que valham mais a pena do que a glória eterna, na presença de Deus. 

Quando pensamos assim, qualquer preço ou até mesmo sacrifício que tenhamos que pagar para ser discípulo de Cristo, serão ínfimos, mínimos e de pouca importância perante ao que iremos ganhar no final. Esteja ciente e fique firme nisso: carregar a cruz pode parecer cruel, mas não é nada comparado com o que tem no final dessa jornada!

Senhor Jesus, Você disse que há um preço a ser pago para ser Seu discípulo, e eu entendo isso agora. Não é para analisar o preço e desistir, mas é para avaliar onde em minha vida eu devo fazer sacrifício. Você é o maior exemplo! Sacrificou Sua realeza e poder quando veio para a terra nascer como homem, e depois, sacrificou Sua vida, na pior morte que já existiu, dolorosa e humilhante, mas foi até o fim, e tudo isso por mim. Para me livrar do império de Satanás. O Senhor ressuscitou e Consigo trouxe a minha libertação! Trouxe uma vida eterna ao Seu lado! Então tudo aquilo que eu tenho que sacrificar não é nada comparado à Sua dor e àquilo que Você conquistou para mim. Te peço para me ajudar a identificar tudo o que tenho que abrir mão para Te seguir, e a me manter firme nesse caminho. Em Teu nome, amém!

Se você deseja se render ao Criador, que é nosso pai de amor, que é nosso resgatador, você precisa seguir este passo a passo e terá uma nova vida, tudo será diferente, pode acreditar de corpo e alma.  

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